Vanessa

domingo, 3 de julho de 2011

Pássaro

Pássaro
Aquilo que ontem cantavajá não canta.Morreu de uma flor na boca:não do espinho na garganta. Ele amava a água sem sede,e, em verdade,tendo asas, fitava o tempo,livre de necessidade. Não foi desejo ou imprudência:não foi nada.E o dia toca em silêncioa desventura causada. Se acaso isso é desventura:ir-se a vidasobre uma rosa tão bela,por uma tênue ferida.

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